30/06/2012

Chuva de tempo certo.

Madrugada…

Acordo com o barulho de chuva fora de tempo…Música para os corações roceiros e indagação para as mentes citadinas…

Para que servem as chuvas tardias?

Para tudo que tem vida e até para o que não tem, respondo; e principalmente para as plantas que não floresceram com as chuvas de temporada…Oportunidade de cumprir a função a que vieram e não fenecer na aridez. 

Fico a pensar que chuva; não importa se temporã, de temporada ou tardia é sempre de tempo certo e é, para a terra, o mesmo que bons relacionamentos para nós; faz brotar e florescer o que está no ponto e só precisa de rega.image

 

 

 Três amigos na chuva_Luisa Artèsa.

21/06/2012

Ideal x Possível.

Estou gostando dos retornos à respeito da palestra Saúde um/em Movimento, mas – nada é perfeito – esqueci de abordar um tema importante; o conceito de ideal.

Temos conceitos de ideal para tudo: Cônjuge ideal, amigo ideal, parente ideal, viagem ideal, filme e livro ideais, carro ideal, a lista é infinita… mas quantas vezes atingimos essas expectativas? Muito raramente e/ou por curto espaço de tempo e logo que surgem imperfeições no idealizado dizemos frases como:

A viagem foi ótima, pena que choveu naquele final de semana.

– Filme muito bom, mas acho que seria melhor se fosse com o ator tal.

– Este carro seria perfeito se tivesse tal acessório.

Nunca pensei que fulano(a) pensasse assim.

– A palestra teria sido melhor se eu não houvesse esquecido disto.

E a frustração varia de pequena a enorme, dependendo da pessoa e das circunstâncias, mas é sempre um desconforto e um obstáculo à saúde.

Devemos, portanto, abdicar do que consideramos ideal?

Absolutamente! Devemos mudar nosso conceito e considerar o ideal como uma meta, como um objetivo a ser alcançado, não como imprescindível à nossa felicidade. Por difícil que seja devemos tentar agir sob a visão pragmática de que quando o ideal imaginado não é possível, o melhor possível, porém real, se torna automaticamente o ideal.