22/05/2011

‘Dê a Cezar o que é de Cezar’.

Sempre foram comuns, mais agora nesta maluquice contemporânea, dois tipos inter-relacionados de comportamentos…

O de pessoas compassivas que sempre se preocupam com os outros, que deixam as próprias necessidades de lado e acodem as necessidades alheias… São elogiadas como altruístas e algumas chegam a um tal grau de altruísmo, em detrimento da própria vida, que as batizei suicidárias ou suicidas solidárias.

Na contrapartida, o comportamento de pessoas que se colocam como prioridade, exploram os outros e muito raramente pensam em quem quer que seja, só em si mesmas… São as pejorativamente designadas egoístas e que se dão muito bem quando encontram uma, ou mais, daquelas ditas altruístas…

Comecei a avaliar mais detalhadamente esses comportamentos e observei algo interessante que me suscitou dúvidas…

Uma pessoa, dita egoísta, que busca que outra faça tudo por ela, sendo por isso criticada e a outra elogiada, estaria sendo, inconscientemente, altruísta?

Uma pessoa, dita altruísta, que busca fazer tudo por outra, sendo por isso elogiada e a outra criticada, estaria sendo, inconscientemente, egoísta? 

De novo, a validade de antigas filosofias?

Há séculos é dito que ‘O equilíbrio está no meio’, e pessoas sadias não fazem ou pedem excessivamente, elas assumem suas responsabilidades e entregam as outras a quem de direito; o que é também um preceito bíblico - ‘Dê a Cezar o que é de Cezar’.